O BOM, O MAU e O VILÃO. E OS OUTROS

Não sendo apologistas de plágio fizemos um copy/past da página de Facebook de um ilustre cidadão do Burgo1056. O raciocínio e a contabilização dos votos traduzem uma clarividência adquirida por uma experiência política inquestionáveis.

Para além de um direito é meu dever tomar posição sobre as Eleições Autárquicas que se aproximam. Na Guarda, claro. Após um silêncio consciente para deixar curar feridas, depois de um afastamento livre para não ser areia em engrenagem, atento sempre à evolução dos acontecimentos, chegou a hora de deixar claro o meu pensamento sobre o “estado da Guarda” – que é o que interessa. Não, não vou analisar o que se passou há quatro anos; vou falar – escrever – sobre o que aconteceu nestes quatro anos. Ou o que não aconteceu. Não sou, nem serei dos que só falam mal; mas não sou, nem serei dos que se esquecem. Por isso, o que escreverei de seguida não agradará a todos ou talvez a nenhum.

1 – O BOM.
Este mandato do PSD/CDS teve o mérito de aumentando a dívida ter melhores contas.
Pediu empréstimos novos para pagar dívidas e para pagar menos juros; esticou os prazos dos mesmos, pagou aos pequenos, ficou a dever à banca, o que sugere inteligência financeira.
É melhor dever 50 milhões a 2 ou 3 bancos e às “Águas” do que dever 30 ou 40 a 500 ou 1000 empresas.
Depois, o espírito “festeiro”, tão do agrado de alguns, também incutiu no povo uma ideia de alguma alegria indisfarçável.
Há ainda alguns alindamentos de ruas, rotundas, passeios. Tudo conjuntural, tudo festivo, mas positivo.

2 – O MAU.
O mal – o mau – é de uma imensidão insustentável. Continua a saga da demora na aprovação de quaisquer projectos, a procura de dizer não por “dá cá aquela palha”, o mérito do indeferimento.
Depois, o Executivo não conseguiu resolver, nem pôr em resolução as questões estruturais da cidade. A GNR continua sem quartel – e tem o terreno livre, o que significa falta de empenho e força política junto de Lisboa – antes e após Costa. O Hotel idem, o IPJ na mesma, a ligação da Ti Joaquina à VICEG de igual modo, a união da Sra. dos Remédios à Rotunda das Piscinas igualmente, as freguesias abandonadas - até 2016 – empresas novas a não chegar, gente a sair, ofertas de emprego poucas.
Faltou a tão prometida dinâmica empresarial.

3 – O VILÃO.
“A culpa é dos anteriores executivos”! Mas agora é que é! O Hotel e o IPJ, a ligação da Ti Joaquina à VICEG – “palavra de honra” – a ligação nova à Sequeira, as piscinas no Caldeirão, os passadiços do Mondego e “tutti quanti”.
A campanha eleitoral começou há dois ou três anos com promessas e mais promessas para o novo mandato, com uma sangria nas Juntas do P.S. já em 2017.

4 – OS OUTROS.
O Partido Socialista vive agora em paz. Sem areias na engrenagem que impeçam o regresso ao poder.
O CDS com independentes de valor indiscutível na sua candidatura – 1.500 votos?
A CDU, como de costume, fidelizando os seus – 925 votos?
O Bloco de Esquerda com excelente candidatura – 871 votos?

5 – E AGORA?
O Partido Socialista não pode procurar o terceiro vereador, tem que procurar a vitória. Em 2013 o 3º Vereador foi perdido por 18 votos. Bastaria agora o PSD perder 37 votos e o PS manter os mesmos para poder eleger o 3º Vereador.
Agora pensem que o CDS terá sempre pelo menos 1.000/1.500 votos. É que se tiver 1.800/2.000 terá eleito um Vereador.
É facto que o PSD/CDS ganhou as eleições de 2013 com mais 4.999 votos que o PS, pelo que teria que haver – a manter-se a abstenção – uma transferência de 2.500 votos para perder a Câmara Municipal. Mas 1.000 a 2.000 irão para o CDS pelo que só faltará ao PS “roubar” mais 1.000 ou 2.000.
Isto é possível?! Fácil não é … Mas em política tudo pode acontecer.

6 – AS SONDAGENS.
a) PSD – 3; PS – 3; CDS – 1 (sondagem do CDS)
b) PS – 3; PSD – 3; CDS – 1 (sondagem do PS)
c) PSD – 4; PS – 3 (sondagem do PSD)

Guarda, 28 de Setembro de 2017
Abraço a todos os guardenses – todos.
O militante do P.S.,
JOSÉ MARTINS IGREJA